Tudo começa com uma sensação. "Tenho a impressão que..."; "Acho que vi....", "Ia a passar e senti que....", etc., enfim, para a muitos são coincidências, factos isolados sem sentido relevante, para outros tantos são a constatação da revelação do divino nas suas vidas.
O divino a mim sempre me perturbou, mas porque é que nada se me revela, serei tão ignorantemente insensível que não o percebo, ou tão desmesuradamente irrelevante para a entidade perder tempo comigo.
Os cientistas e os filósofos, pessoas do saber que me são queridas, lidaram com inteligência (ou não fossem elas pessoas do saber) com o fenómeno. Spinoza por exemplo via Deus na natureza, espertalhão oportunista, alguém conhece algo que nos dê mais sensações que a natureza, já o Nietzsche para não se chatear cobriu o divino com o seguro manto do niilismo, o cientista Einstein colou-se a Spinoza, mas a explicação da mãe das sensações está no matemático Cláudio Ptolomeu, uma coisa difícil de não se gostar, sinceramente para quem nunca foi abençoado, ler isto, só me ocorre dizer que o Cláudio tirou-me as palavras da boca:
"When I trace at my pleasure, the windings too and froo of the
heavenly bodies, I no longer touch earth with my feet, I stand
in the presence of Zeus himself and take my fill of ambrósia."
Já não preciso de explicar o inexplicável com a bênção que nunca mais chega. Sinto-me pacificado.
(Imagem da Net)
Sem comentários:
Enviar um comentário